STDS lança Campanha do Laço Branco

5 de dezembro de 2012 - 15:37

 

 

O objetivo é sensibilizar e envolver o público no engajamento pelo fim da violência contra a mulher

 

 

No Brasil, a cada duas horas uma mulher é morta e, em 80% dos casos, o agressor é o companheiro ou namorado. Os dados são da ONU Mulheres Brasil e Cone Sul que informa ainda, que entre 2000 e 2010, 43 mil mulheres foram mortas no país e seis, de cada 10, já sofreram violência física ou sexual. Segundo a Delegacia de Defesa da Mulher, no Ceará, 522 mulheres foram assassinadas nos últimos três anos. No mesmo período, 31.604 denúncias foram recebidas.


Diante destes dados, a Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS), com o objetivo de envolver e mobilizar os homens no engajamento pelo fim da violência contra a mulher, lançou nesta quinta-feira, 6, a Campanha do Laço Branco. A programação contou com palestra da coordenadora especial de Políticas Públicas para a Mulher do Governo do Estado, Mônica Barroso, além de apresentação do cantor Tião Simpatia e distribuição de laços brancos. Este é o segundo ano que a STDS realiza a campanha.

 

Casa do Caminho

No Ceará, mulheres em situação de violência são abrigadas pela Casa do Caminho. Coordenada pela STDS, a unidade desenvolve uma série de atividades internas e externas para atendimento tanto das mulheres quanto de suas proles. O objetivo é facilitar a reintegração familiar e social dessas pessoas. Cursos profissionalizantes, cadastramento em programas sociais, atividades físicas, acompanhamento médico e jurídico são alguns dos serviços oferecidos pela Casa cuja capacidade de atendimento é de 25 pessoas.

 

História da Campanha do Laço Branco

No dia 6 de dezembro de 1989, Marc Lepine, 25 anos, invadiu uma sala de aula da Escola Politécnica, na cidade de Montreal, Canadá, e ordenou que os homens se retirassem da sala, permanecendo somente as mulheres. Ao perguntar se todas eram feministas, o homem começou a atirar enfurecidamente e assassinou 14 mulheres, à queima roupa. Em seguida, suicidou-se. O rapaz deixou uma carta na qual afirmava que havia feito aquilo por não suportar a idéia de ver mulheres estudando engenharia, curso tradicionalmente dirigido ao público masculino.


O crime mobilizou a opinião pública de todo o país, gerando amplo debate sobre desigualdades entre homens e mulheres e a violência gerada por esse desequilíbrio social. Assim, um grupo de homens canadenses se organizou para dizer que existem homens que repudiam a violência contra a mulher. Eles elegeram o laço branco como símbolo e adotaram como lema: jamais cometer um ato violento contra as mulheres e não fechar os olhos frente a essa violência.


Lançaram então a primeira Campanha do Laço Branco (White Ribbon Campaign): homens pelo fim da violência contra a mulher. Durante o primeiro ano da Campanha, foram distribuídos cerca de 100.000 laços entre os homens canadenses, principalmente entre os dias 25 de novembro e 6 de dezembro, semana que concentra um conjunto de ações e manifestações públicas em favor dos direitos das mulheres e pelo fim da violência.


O dia 25 de novembro foi proclamado pelo Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (Unifem), órgão das Nações Unidas, como Dia Internacional de Erradicação da Violência contra a Mulher. O dia 6 de dezembro foi escolhido para que as mortes daquelas mulheres (e o machismo que a gerou) não fossem esquecidas.

 

 

 

Assessoria de Comunicação Social

Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social – STDS

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