Plataforma de Inteligência Social será implantada na SPS

31 de janeiro de 2019 - 11:08

A nova tecnologia irá auxiliar projetos de desenvolvimento sustentáveis

À frente da nova Secretaria de Proteção Social, Justiça, Mulheres e Direitos Humanos (SPS), a secretária Socorro França reuniu, na tarde ontem, coordenadores, gestores e técnicos da Pasta e de Fortaleza para apresentação de uma nova plataforma tecnológica de inteligência social e de pesquisa digital de dados, que poderá auxiliar no trabalho de Proteção Social desenvolvido pela SPS, junto às comunidades mais carentes do Ceará. A ferramenta foi exposta por Gerson Pacheco, diretor nacional da Child Fund Brasil, entidade internacional que opera no Brasil e no Ceará, há cerca de 40 anos, com projetos de desenvolvimento infantil sustentáveis.

A exemplo do que ocorre nos setores econômicos e financeiros, a nova plataforma reúne dados estratificados da população de todos os 5.565 municípios brasileiros, por classe social, idade, segmentos educacionais etc, que permitem identificar o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) em cada uma da cidades e distritos, desde os nichos com maior concentração de riqueza, aos bolsões de pobreza e extrema pobreza, em quaisquer municípios. “Se podemos utilizar as ferramentas de controle e monitoramento nas áreas financeiras, econômicas, geográficas e na Matemática, também podemos aplicar as tecnologias de inteligência social no acompanhamento da vida das pessoas”, defende Pacheco.

Convênio
“A tecnologia de inteligência social é uma plataforma que muito nos pode ajudar na identificação da realidade social, no planejamento e acompanhamento de projetos de transformação social sustentáveis no Ceará”, avalia a secretária Socorro França, ao sinalizar positivamente com a celebração de um convênio ou termo de cooperação técnica entre a SPS e a Child Fund, para utilização da ferramenta pelo Estado, no futuro próximo. “Esse é o primeiro de muitos encontros sobre inteligência social que teremos no Ceará”, destacou Socorro França.

Conforme explicou Pacheco, a nova ferramenta reúne informações estratificadas de todos os municípios, a partir do cruzamento de bancos de dados gerais da PNUD, IPEA e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), dos últimos dez anos, permitindo identificar a situação socioeconômica de cada cidade, região ou área geográfica, de acordo com o recorte desejado. “Isso nos permite fazer uma videolaparoscopia em cada município e identificarmos onde está a pobreza e onde devemos atuar mais forte e diretamente com ações sociais e governamentais”, explica o diretor do Child Fund Brasil.