Oficina debate desafios e potencialidades dos equipamentos públicos de segurança alimentar e nutricional
3 de junho de 2025 - 16:39 #Equipamentos Públicos de Segurança Alimentar e Nutricional #oficina
Assessoria de Comunicação da SPS Fotos: Claudio Rocha
Gestores de 34 municípios cearenses se reuniram, nesta terça-feira (3), para debater os desafios e potencialidades de Equipamentos Públicos de Segurança Alimentar e Nutricional. O evento, promovido pela Secretaria da Proteção Social (SPS), visa a criação de uma rede de equipamentos públicos de segurança alimentar e nutricional no estado. O intuito é fortalecer o combate ao desperdício de alimentos e garantir o acesso à alimentação saudável para populações em situação de vulnerabilidade.
A reunião aconteceu no Espaço Acrópoles, em Fortaleza, e contou com a participação de representantes de municípios que já detém equipamentos públicos de alimentação e nutrição, geridos pelo poder municipal. O momento também teve a presença da coordenadora de Segurança Alimentar e Nutricional da SPS, Regina Praciano, da coordenadora geral de Equipamentos de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Carmem Priscila Bocchi, e do presidente das Centrais de Abastecimento do Estado do Ceará (Ceasa), Herbert Lima.
Coordenadora de Segurança Alimentar e Nutricional da SPS, Regina Praciano destaca a importância de mapear equipamentos e criar uma rede para alimentação e nutrição. “A rede é importante para fortalecer trocas, experiências entre os municípios, criar uma estrutura, um sistema para ver realmente os insumos, onde estão. Um dos grandes objetivos dessa rede é ter desperdício zero, e esse alimento chegar para quem precisa”, frisa.
Entre os municípios participantes da oficina está Maracanaú. Diretora de Segurança Alimentar e Nutricional da Secretaria de Assistência Social e Cidadania (Sasc) de Maracanaú, Elizangela Assunção ressalta que o município vem desenvolvendo uma experiência integrada entre Suas e Sisan desde 2005 e, hoje, conta com um restaurante popular, seis cozinhas comunitárias e com o Programa de Aquisição de Alimentos.
“Nós precisamos realizar trocas e também saber se estamos no caminho certo. Então, a promoção desse evento, trazer pessoas do Ministério, as técnicas de assessoramento do próprio Governo do Estado, que sempre estão à nossa disposição para verificar se as legislações precisam ser atualizadas, tirar nossas dúvidas, dar sugestões. Então, a gente não se sente só. É um caminhar conjunto que faz todo o diferencial e nos propicia mais segurança do que estamos fazendo”, ressalta.
Equipamentos
Os equipamentos públicos de segurança alimentar e nutricional são espaços mantidos pelo poder público municipal, com a finalidade de garantir o acesso regular e adequado a alimentos saudáveis. Entre eles estão bancos de alimentos, cozinhas comunitárias, restaurantes populares, feiras e mercados que promovem ações integradas de combate à fome, educação alimentar e fortalecimento da agricultura familiar.
Coordenadora geral de Equipamentos de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Carmem Priscila Bocchi destaca que a iniciativa está em sintonia com as ações que estão sendo realizadas nacionalmente. Ela explica que os equipamentos têm uma forma própria de organização e precisam de um funcionamento em rede, bem como a política de segurança alimentar.
“Quanto melhor isso for organizado dentro do estado, mais efetividade a política vai ter, mais pessoas vai atingir. Aqui, vai se discutir uma rede de equipamentos de segurança alimentar, a gente também está fazendo essa discussão lá. Então vamos juntar as coisas, vamos ver o que vocês estão pensando, como a gente está pensando e de fato ter uma melhora da organização e da gestão da política de segurança alimentar a nível do estado e nos municípios”, frisou a coordenadora.
Presente na oficina, o coordenador de segurança alimentar de Itapipoca, Cleilson Rodrigues ressalta que o município conta com feiras ecológicas e um banco de alimentos. “A gente trabalha sobretudo com as instituições na distribuição desses alimentos, que são cinco Cras, localizados no entorno do município, Centros de Recuperação para Usuários de Drogas, creches comunitárias e escolas. Temos também comunidades tradicionais, que são os quilombolas e os indígenas, todos abraçados pelo banco de alimentos”, afirma.
“Acredito que essa oficina é um momento oportuno para se reaproximar e entender um pouco mais o equipamento, sua filosofia, mas sobretudo de diálogo. Para a gente alinhar, aprender com os colegas que também têm suas dificuldades, desafios, mas também seus êxitos, para quem sabe,vendo que é uma realidade que a gente tem também, a gente poder levar para o nosso município e melhorar o atendimento ao público de Itapipoca”, completa.
Oficina
A oficina foi realizada durante todo o dia, com mesas e painéis temáticos, que discutiram o papel de equipamentos de SAN na garantia do direito humano à alimentação adequada; o papel de feiras e mercados públicos no abastecimento local e a economia solidária.
O evento foi encerrado com trabalhos em grupo para o desenvolvimento de propostas de encaminhamento para a criação da rede, bem como de seu regimento no estado do Ceará.