Adolescentes abrigados ganham baile de debutantes

3 de maio de 2019 - 17:36

Uma noite de conto de fadas. Assim será o próximo domingo (05) para 16 adolescentes que terão seu baile de debutante. Os oito meninos e as oito meninas são abrigados da Secretaria da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos. A festa, que será realizada no Buffet Teka´s Maggy, está sendo promovida pelo grupo Abraço de Criança, que há três anos apadrinhou os acolhidos da Casa Abrigo.

Como explica Conceição Barros, coordenadora do grupo de padrinhos, o grupo de pessoas há três anos freqüenta a casa e realiza ações com as crianças e adolescentes. Já foram passeios de férias, dia das crianças, Natal. Este ano, pela primeira vez, eles realizam a festa de 15 anos. “As meninas foram vendo os 15 anos se aproximarem e começaram a mostrar interesse. Quando decidimos fazer, os meninos também quiseram participar”, destaca.

A preparação para o evento já vem desde o segundo semestre do ano passado. O bufê foi alugado, o salão de belezas definido, a cerimonialista contratada, o DJ escolhido… Tudo como manda a tradição. “Contamos com muitos parceiros. Quando explicamos a ação, eles se sensibilizam e repassam para nós basicamente o valor de custo daquele serviço”, afirma.

Para a secretária da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos, Socorro França, ações como essa são uma prova de solidariedade e uma grande doação para com o outro. “Doar-se para o outro é um exercício de cidadania, da nossa construção como indivíduos. A doação do grupo com essas crianças e adolescentes é uma verdadeira lição para nós e para a sociedade”, ressalta.

A coordenadora de Proteção Social Especial, Mônica Gondim, destaca a importância da possibilidade de festividades como essas para os abrigados. “Os meninos e meninas estão em situação de acolhimento por diversas violações de direitos. Isso mexe com a afetividade, com os laços. Possibilitar um momento de congregamento, em uma festa repleta cheia de simbologia é de extrema importância para que eles se sintam valorizados, que também têm acesso a festividades”, pontua.