Novos espaços de acolhimento humanizado atendem crianças, adolescentes e pessoas com deficiência

11 de maio de 2022 - 16:40 # # # # #

Ascom SPS
Texto:
Rafaela Leite

Com música, cores e sorrisos, 14 jovens com deficiência que cresceram no Abrigo Tia Júlia deram boas-vindas ao seu novo lar. A Residência Inclusiva VI, novo espaço de acolhimento humanizado em Fortaleza, foi entregue pela Secretaria da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS), na manhã desta quarta-feira (11).

André Oliveira atuou como fisioterapeuta no Abrigo Tia Júlia há 14 anos. Ele conta que, nesse período, acompanhou e auxiliou no crescimento de muitos dos jovens acolhidos. “Aqui nós fazemos estimulação da atividade motora fina, alongamentos, atividades com bola. Usamos muito o recurso da música, brincadeiras estimulando cores”, explica. Agora, na nova sala destinada para atividades de desenvolvimento psicomotor, ele avalia os benefícios da mudança. “Hoje nós temos esse espaço maior, que possibilita o trabalho em grupos. É uma condição melhor para o desenvolvimento das atividades, e a gente nota a melhoria no desenvolvimento da criança”.

“Para nós que fazemos a SPS, é uma vitória estar entregando esse espaço tão bonito, tão lúdico, para jovens, adultos e crianças que precisam da nossa atenção”, ressaltou a secretária titular da SPS, Onélia Santana. “Essa casa vai muito além do habitar. Aqui nós temos profissionais qualificados para trabalhar a questão da afetividade, das relações socioemocionais”, completa.

O equipamento está funcionando vizinho ao Abrigo Tia Júlia, que teve suas instalações recentemente reformadas para atender melhor às crianças acolhidas. Junto às melhorias físicas, aconteceu também uma reordenação com base na faixa etária. “Agora, o Tia Júlia acolhe crianças de 6 a 18 anos, salvo algumas exceções, de grupo de irmãos ou mãe e filho”, explica a coordenadora do Abrigo, Renata Rocha. “Com essa divisão, o olhar ficou mais individualizado, porque antes eram todos juntos, eram muitas crianças e, hoje está mais direcionado para as necessidades de cada uma”, conclui.

O Abrigo Tia Júlia conta com nutricionista, psicóloga, fisioterapeuta, assistentes sociais e pedagogas. “Além dos direitos que eles têm, de lazer, cultura, educação, nós fazemos também atividades dentro da unidade, voltadas para o entretenimento de acordo com a idade”, conta a psicóloga do Abrigo, Rachel da Silva. “As atividades se dividem de acordo com a faixa etária. Nós realizamos oficinas socioeducativas, de autonomia para os adolescentes, também no sentido de falar como funciona o mundo lá fora; e para as crianças nós trazemos uma coisa mais lúdica, atividades com filmes, atividades de desenho, pintura”, conta.

Com os novos espaços, a SPS chega a seis residências inclusivas, com 81 abrigados. Dentre eles estão jovens e adolescentes com deficiências físicas e cognitivas em situação de vulnerabilidade social. A Secretaria também coordena 12 unidades de acolhimento para crianças e adolescentes, na Capital quanto no interior, reunindo 169 crianças e adolescentes.