Psicólogos, assistentes sociais e coordenadores de equipamentos da SPS participam de formação nesta quarta-feira (8)

8 de maio de 2024 - 17:00 # # # # #

Assessoria de Comunicação da SPS
Texto:
Sheyla Castelo Branco
Fotos: Mariana Parente

A atividade faz parte da programação do Maio Laranja

“É muito importante estarmos participando desta formação, visto que os equipamentos em que atuamos recebem crianças e adolescentes em atividades diversas, e muitas vezes somos o único lugar em que eles confiam para contar algo íntimo ou desabafar sobre um problema que estejam enfrentando. Hoje, estamos nos aperfeiçoando para identificar possíveis situações de abuso ou exploração sexual de crianças e adolescentes e para saber como agir diante destas situações”, ressaltou a coordenadora dos CITS, Jéssika Soares, que participou da primeira formação.

A formação é mais uma das ações que a Secretaria da Proteção Social está realizando dentro do Maio Laranja. Na manhã desta quarta-feira, aconteceu o primeiro encontro, com aproximadamente 100 pessoas. Uma segunda turma participará do encontro da próxima quinta-feira (16).

O secretário-executivo da Infância, Família e Combate à Fome da SPS, Caio Cavalcanti, destacou que os encontros servem para os profissionais da Secretaria aperfeiçoem esse olhar mais cuidadoso e atento aos comportamentos das crianças e adolescentes. “Nosso trabalho é para que os equipamentos que coordenamos atuem mais fortemente como uma rede integrada de apoio e proteção aos meninos e meninas do Ceará. Precisamos proteger a infância, unir forças, agir e nos articularmos juntos nesta luta”, pontuou o secretário, durante a abertura da formação.

Supervisor do Vapt Vupt de Messejana, Valber Gurgel também esteve presente no evento e frisou a importância da formação para as equipes da SPS. “Todos que estão aqui exercem uma função dentro da SPS, e temos o dever de nos atualizar e informar sobre esse tema. Atendemos um público amplo, dentre os quais estão as pessoas em vulnerabilidade social, que são as que mais precisam desse cuidado. Tenho certeza de que vou sair daqui mais preparado para perceber e denunciar situações em que uma criança ou adolescente tenha seus direitos violados”, observou Valber Gurgel.

Na formação, além de conhecer o contexto de como surgiu a Campanha contra o Abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes, os colaboradores aprenderam sobre a postura de um profissional, caso seja escolhido pela criança como adulto de confiança para receber a denúncia.

Entre as orientações, destaca-se que é preciso sempre se mostrar disponível e ter uma postura de escuta, não duvidar, nem fazer muitas perguntas ou agir de forma exagerada; não se deve prometer sigilo à criança peça, mas garantir que irá contar para pessoas que irão defendê-la; anotar o que a criança disse com detalhes e encaminhar a denúncia para os órgãos responsáveis, com o conhecimento e orientação da direção do equipamento.

Genildo Barbosa, que é psicólogo do Complexo Social Mais Infância do João XXIII lembra que nos complexos eles trabalham muito com a escuta qualificada. “Estamos aperfeiçoando nossos conhecimentos sobre o tema. Aprendemos mais sobre as leis, o Estatuto da Criança e do Adolecente (ECA) e sobre a importância de uma escuta atenta e cuidadosa”, completou Genildo.