Formação em Abordagem Sistêmica Comunitária fortalece profissionais no acolhimento de dependentes químicos

20 de agosto de 2024 - 16:06 # # # # #

Assessoria de Comunicação da SPS
Texto:
Carolina Parente
Fotos: Mariana Parente

A formação visa preparar os profissionais para lidar com as complexidades do suporte e cuidado de pessoas em situações de vulnerabilidade.

“Essa capacitação tem sido uma oportunidade crucial para entender melhor como atuar na prevenção e no apoio a pessoas com dependência. Aprendi muito e me sinto mais preparada para ajudar no acolhimento e resgate de quem, muitas vezes, está em situação de rua”, afirmou Andréa Moraes, gerente do Centro de Referência sobre Drogas (CRD), sobre a formação em Abordagem Sistêmica Comunitária, com ênfase na Prevenção da Dependência Química, iniciada nesta segunda-feira (19).

Fruto de uma parceria entre a Secretaria da Proteção Social (SPS) e o Movimento Saúde Mental do Bom Jardim, coordenado pelo padre Rino Bonvini, a formação qualifica 60 profissionais que atuam em políticas de redução de danos, prevenção ao uso de substâncias e acolhimento de dependentes químicos da Secretaria Executiva de Políticas sobre Drogas da SPS. A metodologia, que inclui Práticas Integrativas e Complementares (PICs) como aromaterapia, massoterapia e auriculoterapia, tem mostrado eficácia.

A secretária-executiva de Cidadania e Política sobre Drogas da SPS, Lidiane Rebouças, ressaltou a importância da parceria para melhorar o atendimento a pessoas em vulnerabilidade: “A expertise do Movimento Saúde Mental foi essencial para fortalecer nossas ações. As práticas integrativas podem reduzir o uso de medicações e melhorar o bem-estar das pessoas que atendemos, especialmente aquelas em situação de rua ou com problemas relacionados ao uso de álcool e outras drogas”, destacou.

O padre Rino Bonvini afirmou: “Estamos juntos na construção de um caminho de esperança e recuperação. Esta capacitação é crucial para aprimorar nossos profissionais e melhorar o atendimento às pessoas que enfrentam desafios relacionados à dependência química. Este trabalho de resgate é, também, uma missão.” Ele acrescentou: “Este grupo se dedica a acolher, ouvir e cuidar de indivíduos com sérios problemas de saúde, integrando-os em um projeto que transforma o sofrimento psíquico em oportunidades de cura e crescimento social”.

Entre os participantes, Sarah Carvalho, orientadora da Célula de Educação Permanente, Estudos e Pesquisas da SPS, destacou o papel crucial das PICs abordadas na formação: “Essas práticas são fundamentais para desenvolver a autoestima dos atendidos e humaniza o processo de acolhimento de quem atendemos”, explica.

Andréa Moraes também frisou a importância de um atendimento centrado nas necessidades dos beneficiários: “Estamos sendo preparados para oferecer um suporte ainda mais efetivo. Esse aprendizado vai fazer a diferença na nossa atuação diária.” Ela acrescentou que as dinâmicas em grupo têm sido essenciais: “Por lidarmos com pessoas em situações delicadas, precisamos estar psicologicamente fortalecidos. Esse é um momento de cuidado com o cuidador.”

Francimeire França, psicóloga e coordenadora do curso, concluiu: “Essa formação me mostrou novas formas de lidar com situações complexas e será benéfica tanto para quem aprende quanto para quem é acolhido. O momento de qualificação dos profissionais também é terapêutico, com troca de experiências e renovação de energia para continuarem ajudando o próximo.”