Parceria credencia mulheres em situação de vulnerabilidade para venda do artesanato

24 de junho de 2021 - 18:17

Assessoria de Comunicação da SPS
Texto:
Thaynan Freitas

Com foco no artesanato como expressão cultural e geração de renda, a Central de Artesanato do Ceará (CeArt) impulsiona mulheres que buscam no artesanato alternativas de trabalho. Coordenada pela Secretaria da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS), a CeArt cadastrou e emitiu a identidade artesanal de 16 mulheres em situação de vulnerabilidade assistidas pelo Centro de Humanização de Amparo à Maternidade (Chama).
Com atendimento remoto, o setor de produção responsável agenda e realiza testes de habilidades, avaliando a capacidade de produção na técnica que o artesão deseja ser aprovado. Com o intuito de formalizar o trabalho de mulheres artesãs, o Chama buscou o apoio da CeArt para potencializar essa atividade. “Buscamos a parceria da Ceart porque sabemos que é referência em artesanato no Ceará, e compartilhamos da mesma linha de pensamento: a transformação social!”, diz a coordenadora do projeto, Larissa Barros.

O processo de avaliação foi realizado de forma virtual. Técnicos da Ceart analisaram o trabalho e as habilidades das artesãs por videochamada, e durante os testes, elas apresentaram peças na técnica que desejavam ser aprovada, como o crochê. Todas foram aprovadas e receberam a identidade artesanal. A identidade artesanal oferece benefícios como participação em feiras e eventos e isenção do ICMS.

“O artesanato é ao mesmo tempo um elemento fundamental para a cultura do Estado, mas é também uma oportunidade de geração de emprego e renda. É nesse sentido que trabalhamos essa política pública”, pontua a coordenadora do artesanato, Patrícia Liebmann.

“Uma das nossas metas é atender e priorizar pessoas em situação de vulnerabilidade. Trabalhamos com o objetivo de empoderar mulheres através do artesanato, mostrando que elas são capazes de desenvolver habilidades que estavam adormecidas. Hoje elas entendem que têm capacidade para ingressar no mercado de trabalho”, explica Ticiane Gomes, Gerente de Produção Artesanal da CeArt.

Daniele Costa (38) é mãe de dois filhos e viu no artesanato uma oportunidade de se tornar empreendedora. Em meio as dificuldades financeiras causadas pela pandemia, Daniele buscou novos desafios de trabalho para ajudar em casa. “O artesanato chegou na minha vida no momento mais difícil, e foi ali, que encontrei uma saída. Eu não sabia nem pregar um botão, hoje confecciono roupas de mesa posta e já tenho meu próprio negócio”, ressalta a artesã.

De olho no futuro, Daniele montou o Divina Mesa, um ateliê equipado em sua casa com peças desenvolvidas por ela mesma através dos conhecimentos que adquiriu nos cursos de aperfeiçoamento em costura e bordado. “A Ceart e a equipe do Chama extraíram de mim um dom que eu nem sabia que tinha. A costura mudou a minha vida, sou grata por todas as oportunidades”, diz.

“Hoje posso dizer que sou uma artesã reconhecida! Fiz o curso de aperfeiçoamento e tive a oportunidade de mostrar minhas habilidades com retalhos e linhas no processo de cadastro da CeArt. Essa experiência me deu a certeza de que sou capaz de traçar meus próprios caminhos”, conta Ana Virgínia, que emitiu sua identidade de artesã pela CeArt.

O Chama tem como missão agregar valores de promoção à vida através de um ambiente acolhedor, com atenção humanizada. Acolhe gestantes e mães acompanhadas de seus filhos de até três anos de idade, em situação de vulnerabilidade social. A instituição localizada em Eusébio também desenvolve atividades de geração de renda.