Semana da visibilidade lésbica tem atividades em Fortaleza e RMF

26 de agosto de 2019 - 09:17

Dentro do calendário do movimento LGBT, agosto marca do mês da visibilidade lésbica. O mês traz o dia Nacional da Visibilidade Lésbica, celebrado no dia 29, a partir de um seminário nacional de lésbicas, ocorrido em 1996. Desde então, a data vem se firmando no calendário da diversidade sexual. No Ceará, a Secretaria da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos organizou uma agenda diversa para evidenciar a pauta em segmentos os mais distintos. A atividade é executada pela Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para LGBT com a campanha Ceará de Todxs.

A primeira atividade em Fortaleza, será a participação de militantes da causa LGBT na construção do planejamento estratégico da SPS para a diversidade sexual. No dia 28, a pasta reúne cerca de 30 ativistas da cidade para discutir quais as ações que devem ser priorizadas na construção da política pública para LGBT até 2022. No mesmo dia, à tarde, a Coordenadoria promove uma roda de conversa com as adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas na unidade Aldaci Barbosa. O tema é “Enfrentamento à violência de gênero e lesbofobia nas unidades socioeducativas: a humanização além dos atos infracionais”.

No dia 29, haverá uma feira de economia colorida, com atendimento jurídico, serviços de saúde e apresentações artísticas, na praça da Gentilândia, no Benfica, a partir das 17h.

A campanha segue para a região metropolitana com atividades em Maracanaú, Guaiuba e Tamboril. Em Maracanaú, haverá duas formações com profissionais da rede socioassistencial do município; em Guaiuba, a palestra Ceará de Todxs: transformando desafios em oportunidades; e em Tamboril uma ação na parada pela diversidade sexual da cidade.

A secretária-executiva de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Lia Gomes, pontua que as atividades enfrentam a lesbofobia e tiram da invisibilidade as pautas do movimento lésbico. “Precisamos jogar mais luz sobre as pautas desse segmento. É tirando da invisibilidade, que vamos conseguir empoderar essas mulheres para que elas lutem por seus direitos. A SPS quer lutar junto com elas e apoiá-las em suas causas”, pontua.

Para Narciso Junior, coordenador especial de políticas LGBT, a data vem dar mais corpo à causa de mulheres que “diariamente resistem e lutam pelos direitos dos seus corpos, de ser e (r)existir numa sociedade que estigmatiza, oprime e as discriminam por sua orientação sexual”.