Webnário da Visibilidade Trans: Família e Estado juntos no enfrentamento à Transfobia

5 de fevereiro de 2021 - 16:53

Homens e mulheres trans seguem na luta pelo direito pleno à cidadania e para serem reconhecidos e valorizados em suas famílias e na sociedade. Nesta segunda-feira (8), a Secretaria da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS) reforça o diálogo com os segmentos sociais e traz para o centro do debate público “O papel da família e do Estado no enfrentamento à Transfobia”, em mais uma live do I Webnário da Visibilidade Trans: vidas trans importam!

Transmitido pelo Canal SPS Ceará (youtube.com/spsceará), a partir das 14 horas, este será o quinto painel do webnário, que vem sendo realizado desde o dia 29 de janeiro, sob supervisão da Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para LGBT da SPS (COLGBT). “O enfrentamento à LGBTfobia e à transfobia deve ser feito com informação, com educação e reeducação familiar, para que pais e mães reconheçam seus filhos trans como cidadãos e cidadãs como quaisquer outros, que merecem respeito independente de sua orientação de gênero”, destaca a secretária executiva de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Lia Gomes.

“É possível promover e garantir ações informativas e educativas, serviços de acolhimento e atendimento psicosocial às famílias e aos jovens trans com o apoio do Estado, a partir da Rede de Proteção Social, por meio dos CRAS e CREAS, por exemplo”, reforça a assessora técnica da COLGBT e coordenadora da Redetrans, Samilla Marques. Ela ressalta a importância do cumprimento, pelos pais e pelo Estado, do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). “Não podemos aceitar que crianças e jovens sejam rejeitados por suas famílias, e até expulsas de casa, por conta de suas opções sexuais”, alerta a coordenadora.

Resgatar vínculos
O assessor técnico da COLGBT, Theodoro Rodrigues, avalia que a luta pela igualdade de gênero e contra a transfobia passa pelo fortalecimento das políticas públicas para LGBT, a exemplo do que vêm realizando, juntos, Governo do Estado e movimentos sociais. “A narrativa que mais interessa é a de resgate dos vínculos familiares e afetivos para que possamos enfrentar as estatísticas negativas de violência e preconceitos. E essa preocupação deve ser compartilhada entre a família e o Estado”, defende Rodrigues.