Homenagem à Thina Rodrigues encerra programa sobre visibilidade trans

12 de fevereiro de 2021 - 16:54

No Dia Estadual de Combate à Transfobia, celebrado em 15 de fevereiro, a Secretaria da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS) realiza o debate virtual “Thina Rodrigues, Presente! Machismo, Transfeminicídio e Transfobia – Realidades e desafios de ser mulher trans e travesti no Ceará”. O painel integra a programação do I Webnário da Visibilidade Trans. No último encontro, sete mulheres discutem sobre os desafios de ser mulher trans e travesti no Ceará. O encontro será transmitido pelo Canal SPS Ceará (youtube.com/spsceará), a partir das 14 horas, de segunda-feira (15).
Participam do encontro a assistente social e articuladora de políticas Públicas para LGBT da SPS, Lucivânia Sousa; a coordenadora de articulação regional de políticas para mulheres, Silvinha Cavalleire; a psicóloga e mestre em saúde mental, e membra diretora da Rede Trans Brasil, Beth Fernandes; a escritora e ativista pelos Direitos Humanos, Helena Vieira; a mulher trans e presidente da ATTRAHI, Butterfly Silva, a mulher trans negra, umbandista e vice-presidente da Abenavi, Brendha Alves; e a defensora pública Mariana Lobo.
O Dia Estadual de Combate à Transfobia foi instituído pela Lei nº 16.334, em 2017, em homenagem à travesti Dandara dos Santos, torturada e assassinada em 2017. A data integra o calendário oficial de eventos do Ceará como mais um instrumento de enfrentamento à violência contra transexuais e em memória de todas as vítimas de homofobia no Estado.
“Essa data é importante para alertarmos a sociedade que a transfobia mata, todos os dias, travestis, mulheres transexuais, homens trans e transmasculines, não somente fisicamente, mas também, social, psicológica e simbolicamente”, destaca a assistente social, membra do Conselho Cearense dos Direitos da Mulher (CCDM-Ce) e articuladora da Coordenadoria de Políticas Públicas para LGBT, Lucivânia Sousa. Para ela, a data demarca a resistência e luta diária de Dandaras, Thinas e Héricas, para viverem suas subjetividades e histórias, em plenitude e igualdade de direitos.

A coordenadora de Articulação Regional de Políticas para Mulheres da SPS, Silvinha Cavalleire, frisa que o transfeminicídio é um fenômeno impactante no Ceará e no País, sobre o qual a sociedade deve ser alertada regularmente. “Quinze de fevereiro é mais um dia de resistência. Somos vítimas do machismo estrutural, mas sabemos o caminho para a equidade de gênero e o fim da transfobia”, destaca a coordenadora. Em sua exposição no painel, ela irá apresentar o Dossiê 2020 da Rede Trans Brasil: monitoramento das violências, assassinatos e suicídios de mulheres travestis, transexuais e homens trans no Brasil.