STDS realiza Seminário para discutir as políticas públicas de igualdade racial no Ceará
23 de agosto de 2016 - 16:25
Dados do Sistema Nacional de Empregos (Sine) revelam que, no período de janeiro a julho de 2016, de 36.492 empregados no estado, 31.097 são da cor parda, 3.986 são da cor branca e apenas 1.145 de cor preta, 178 de cor amarela, 56 não informado e 30 indígenas. Da mesma forma, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2013 mostra que de um total de 387,4 mil pós-graduandos no país, 112 mil eram negros – menos da metade dos 270,6 mil brancos.
Em meio a essa realidade, a Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS), em parceria com a Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para Promoção de Igualdade Racial do Estado do Ceará (Ceppir), realizou na tarde desta quarta-feira, 24 de agosto, o Seminário Caminhos para Igualdade Racial: Desafios e Possibilidades. O encontro aconteceu no auditório da STDS e proporcionou um momento de troca de experiências e relatos de quem trabalha com essas políticas públicas e acredita nas possibilidades de mudança.
Nova Mentalidade
“A STDS abriga diversas políticas, dentre as quais estão a política da assistência social, segurança alimentar, trabalho, empreendedorismo e artesanato, dentro dessas áreas é que nós tentamos trazer essa mudança de olhar para esse público em situação de vulnerabilidade. Nossos equipamentos atuam em áreas diversas do estado, no sentido de contemplar esses indivíduos, levando mais oportunidades aos quatro cantos do nosso estado, pois é assim que colaboramos para diminuir a desigualdade social”, declara Márcia Dutra, assessora da coordenação de Proteção Social Básica.
Para o economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Ediran Teixeira, no Ceará, assim como em outros estados do Brasil, o tratamento desigual é por vezes pior quando se trata da exclusão social de negros e negras na sociedade brasileira. “Infelizmente a nossa sociedade ainda relega ao negro os postos de trabalho com menor qualificação e menor remuneração. Fato que a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) retrata muito bem, quando mostra a persistência na procura e a negação dos espaços de trabalho que os mantêm em tempo maior na fila de espera. Outro fator é que quando comparado ao sexo, observamos que a discriminação com as mulheres, que é muito presente no mercado de trabalho, é mais intensa se a cor da pele é negra” explica Teixeira.
Debateram no Seminário, a professora Zelma Madeira, Coordenadora Especial de Promoção de Políticas de Igualdade Racial do Estado do Ceará (Ceppir); o economista Ediran Teixeira, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e o coordenador de Promoção do Trabalho e Renda da STDS, Pedro Capibaribe.
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