STDS participa do seminário internacional de enfrentamento à violência contra a mulher
7 de outubro de 2016 - 10:46
A violência doméstica mata cinco mulheres por hora no mundo, de acordo com a organização não governamental (ONG) Action Aid. Aqui na América Latina, o Brasil é o quinto país em violência contra as mulheres, segundo dados do Instituto Avon. No estado do Ceará, os índices também chamam atenção. Os números de mulheres vítimas de Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLI), de janeiro a setembro de 2015, somaram 183. Entre 2013 e 2014, foram registrados 523 casos de feminicídios. Os números são da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) do Ceará.
Para debater o tema, o Governo do Estado do Ceará em parceria com o Consulado Geral dos Estados Unidos no Recife, os Institutos; Maria da Penha; Aliança com o Adolescente, e a Ordem dos Advogados do Ceará, realizam, o Seminário Internacional de Enfrentamento a Violência contra a Mulher. Iniciado ontem, o evento prossegue nesta sexta-feira, 07 de outubro, no auditório da Reitoria da Universidade Federal do Ceará.
“Este é um momento simbólico para os que lutam pela emancipação do sexo feminino. A Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social vem trabalhando com políticas públicas que assegurem uma vida mais digna às mulheres vítimas de violência doméstica no Ceará. Estamos nas etapas finais do Projeto Mais Mulher, que será responsável por todo processo de capacitação e preparação para entrada no mercado de trabalho, vamos atuar dentro da Casa da Mulher Brasileira, para garantir que existam oportunidades para esse público e que dizer a nossa sociedade que é possível romper com o ciclo da violência”, declara a secretária executiva da STDS, Ana Cruz.
“As estatísticas e pesquisas têm elucidado um aumento da violência doméstica contra as mulheres negras. Nós precisamos entender a partir desses dados, as características do racismo e do sexismo, de modo a questionar como essa realidade consegue ser ainda mais cruel para alguns grupos específicos. Esse debate é para que possamos juntos construir políticas públicas que possibilitem a todas as mulheres o alcance ao âmbito econômico e para além disso, o reconhecimento às mulheres negras”, aponta Zelma Madeira, coordenadora Especial de Promoção de Políticas de Igualdade Racial do Estado do Ceará (Ceppir).
MAIS MULHER
A apresentação do seminário iniciou com palestra da Dra. Ludy Green, umas das mais renomadas especialistas em violência doméstica e segue com debates entre representantes da justiça, governo estadual e municipal e sociedade civil. O espaço é aberto para o diálogo e a discussão sobre políticas públicas eficazes para as mulheres vítimas de violência.
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