SPS e MTE debatem estratégias para ampliar inserção de jovens no setor produtivo das empresas

18 de março de 2024 - 16:42 # # # #

A Secretaria da Proteção Social (SPS) e o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) traçam novas estratégias e modelos de aprendizagem para ampliar a participação de adolescentes com menos de 18 anos de idade, do Programa Primeiro Passo, no setor de administração e comercial das empresas. Uma reunião para alinhamento das ações e planos foi realizada na última semana, na sede da SPS.

O encontro foi coordenado pelo secretário-executivo da Proteção Social, Paulo Guedes, reunindo técnicos do Primeiro Passo e a auditora fiscal do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Raquel Studart. Além de preencher as cotas nas empresas, previstas em lei, a estratégia busca capacitar e fomentar a inclusão social e econômica de jovens aprendizes de famílias cadastradas no CadÚnico, de povos originários, indígenas e quilombolas, estudantes de escolas públicas e egressos do sistema socioeducativo.

“Precisamos promover mais cursos técnicos que preparem nossos jovens para os setores produtivos, que gerem empregabilidade e atendam as necessidades reais de mão de obra qualificada para a atividade-fim das empresas, sobretudo nos municípios do Interior”, defende Paulo Guedes. Ele lembra que os cursos realizados pelas entidades executoras são, em sua maioria, voltados à área administrativa.

Raquel Studart explica que a política de aprendizagem para jovens menores de 18 anos surgiu para combater o trabalho infantil. “O Ceará é destaque no País na inserção de jovens no mercado de trabalho, mas precisamos potencializar os cursos de capacitação técnica para os setores de produção. E a parceria do Estado é muito importante, para que consigamos aumentar a inserção de jovens nas empresas do interior do Estado”, acrescenta.

Na reunião, foram discutidos também novos modelos e práticas de aprendizagem, carga horária dos cursos, gestão dos recursos e remuneração das bolsas de capacitação, as responsabilidades do Estado e das entidades executoras, o diálogo e o relacionamento com as empresas, editais de seleção. “Precisamos agregar mais valor técnico aos nossos jovens, e repensar a efetivação deles nas empresas para além do setor administrativo”, complementa Raquel Studart.