Gestores defendem a intersetorialidade nas ações à criança

11 de novembro de 2013 - 19:34

 

“Nós somos gestores passageiros, mas as crianças não. As crianças não são apenas o futuro, mas sobretudo o presente. Por isso, precisamos pensar nelas hoje, de forma integrada, Estado, municípios e sociedade civil”. O alerta foi feito na manhã desta segunda-feira, 11, pelo Secretário Estadual do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS), Josbertini Clementino, na abertura da Oficina Plano Municipal da Primeira Infância: instrumento de diagnóstico e marco lógico, realizada em Fortaleza.


Promovido pela STDS, em parceria com o Instituto da Infância (Ifan), Rede Nacional Primeira Infância (RNPI), e Unicef, o evento buscou reunir representantes dos 184 municípios cearenses, com o objetivo de fomentar o processo de elaboração dos Planos Municipais pela Primeira Infância (PMPI), a partir de estratégias de promoção, proteção e defesa dos direitos das crianças, integradas e intersetoriais. “Precisamos atentar que os planos são vivos e que portanto, nos cabe, a todos, mobilizar a sociedade, os gestores públicos, a saírem de seus gabinetes institucionais, para que transformemos as políticas da infância, em uma política de Estado e não apenas de um governo”, acrescentou Clementino, ao conclamar a todos a se engajar nessa luta.


Vínculo Familiar

Uma luta, acrescentou a primeira-dama de Fortaleza, Carolina Bezerra, que começa com ações de valorização da família, de fortalecimento do vínculo familiar e com maiores investimentos em creches com qualidade para as crianças. “Precisamos olhar nossa crianças de forma integral e para isso, precisamos incluí-las em todas as ações que o município desenvolve (saúde, educação, de infraestrutura, de meio ambiente) e não apenas relacionadas diretamente com o setor”, alertou Carolina Bezerra, ao lançar aos gestores públicos um novo desafio, um novo modo de olhar a infância.


A intersetorialidade também foi o lema defendido pela coordenadora do Unicef, no Ceará, Tati Andrade, ao propor a criação de uma agenda intersetorial entre todos os municípios, como forma de facilitar a organização e potencializar e dinamizar as ações voltadas à primeira infância no Ceará. “Reconheço que são muitas as agendas na área da Assistência Social, mas temos que priorizar as crianças”, defendeu Tati Andrade.


Na mesma linha, a gerente da Gestão do SUAS, Célia Melo, apontou alguns desafios que ainda precisam ser transpostos nos municípios e na sociedade. Ela citou, por exemplo, a necessidade de reordenamento dos serviços de acolhimento, que permitam melhorar e ampliar a convivência das crianças no seio familiar, e condenou o trabalho infantil, ainda hoje presente em muitos municípios brasileiros. “Temos que comprar essa luta, inclusive contra a redução da maioridade penal dos nossos jovens”, alertou Célia Melo, diante do aumento da participação de jovens e adolescentes no consumo e tráfico de drogas.


Metodologia

Para orientar os municípios na construção dos Planos Municipais, a Rede Nacional Primeira Infância RNPI produziu o Guia para a Elaboração de Planos Municipais pela Primeira Infância que, aliado ao Plano Nacional pela Primeira Infância (PNPI), aprovado pelo Conanda em 2010, serviu de base para a elaboração dos Instrumentos de Diagnóstico Situacional da Primeira Infância e Marco Lógico.


Os indicativos devem facilitar o processo de conhecimento da realidade local da primeira infância e subsidiar ações nos Planos Municipais. Na ocasião, foi apresentado também o software Monitora PMPI, já disponível para utilização gratuita pelos municípios que elaborarem seus Planos.

 

 

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